terça-feira, 26 de agosto de 2008

MÁFIA VERDE: O AMBIENTALISMO A SERVIÇO DO GOVERNO MUNDIAL

RESENHA: ERNANI XAVIER

MÁFIA VERDE: O AMBIENTALISMO A SERVIÇO DO GOVERNO MUNDIAL


Texto de um controvertido escritor norte-americano, propondo a devastação da mata brasileira, alegando haver aqui, um intolerante “radicalismo ambientalista”.
MAIS SOBRE A COBIÇA DA AMAZÔNIA

O livro Máfia Verde: o ambientalismo a serviço do Governo Mundial foi publicado pela revista-editora, Executive Intelligence Review. Consta como seu editor, Lorenzo Carrasco, seu diretor no Brasil, mas a responsabilidade intelectual pela obra é atribuída ao empresário norte-americano Lyndon LaRouche, proprietário da Revista. Dono também de idéias controvertidas e contestadas por facções ambientalistas do mundo inteiro. O texto denuncia fortemente o que há um “viciado radicalismo ambientalista imposto ao Brasil, com conivência do Governo Federal”. Sustenta que no Brasil, a própria palavra “madeireiro” virou sinônimo de criminoso. Em decorrência disso e através de uma “intensa lavagem cerebral promovida por um catastrofismo ambientalista que faz acreditar que as atividades humanas, principalmente as industriais, estão levando o mundo a um beco sem saída ambiental”. Argumenta se tratar de uma guerra (entraves) contra o desenvolvimento (não só o econômico, mas principalmente o desenvolvimento social) e a soberania nacional. Chegando a ser uma calamidade social, pois, além das pessoas que estão sendo desempregadas apenas nas cadeias produtivas florestais, agregam-se os outros setores produtivos diretamente afetados pelo radicalismo ambientalista-indigenista e os milhões de empregos que se estão deixando de produzir nas incontáveis obras de infra-estrutura paralisadas por exigências ambientais disparatadas e um irracionalismo que não responde às necessidades nacionais e pelas pressões internacionais dos grupos que agendam a pauta das principais ONGs no país. Defende também que as políticas ambientalistas de Lula não passam de miragem para enganar incautos que ainda restam dentro do próprio setor florestal. Destacando-se políticas de perseguição contra o setor madeireiro, que só confirmaram o alinhamento incondicional ao ambientalismo internacional, passando por cima do próprio Congresso Nacional. O editor do livro, Lorenzo Carrasco, subordinado do senhor Lyndon LaRouche, sendo aqui seu chefe-de-escritório desde 1985, foi convocado para depor na CPI das ONG´s do Senado Federal. Mas, não foi só isso que as idéias contidas no seu livro suscitaram. Despertaram a ira do Fundo Mundial para a Natureza, o WWF, tida como a principal ONG ambientalista do mundo, que insurgiu-se contra tais argumentos e proveu ações judiciais para impedir que o livro fosse vendido, pois, atinge a sua imagem institucional. A ação foi impetrada pelo escritório de advocacia Barbosa, Müssnich e Aragão, do qual um dos sócios, Francisco Müssnich (envolvido no escândalo de espionagem do Banco Opportunity, de seu cunhado Daniel Dantas), ocupava um lugar na diretoria do WWF-Brasil, tida no texto como controladora de grupos oligárquicos que manipulam o poder econômico do "Governo Mundial". No livro, os autores apontam que a Rede Globo de Televisão tem aderido às campanhas ambientalistas da WWF-Brasil, sendo que, até há pouco tempo, José Roberto Marinho, vice-presidente da Fundação Roberto Marinho, era o seu Presidente no Brasil. De qualquer modo, a controvérsia está sob judice. De um lado, dissimulados protetores dos madeireiros, do delito ambiental e da exaustão sem limites dos recursos nacionais. De outro, uma ONG multinacional que vive das benesses do capital mundial sob o pretexto de proteger o que não lhe pertence. No meio, a natureza nacional (e mundial), cada vez mais desprotegida.
Lyndon LaRouche, Rio de Janeiro:Executive Intelligence Review, 2007, 137 p.

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UMA DEMÃO DE VERDE: OS LAÇOS ENTRE GRUPOS AMBIENTAIS

RESENHA:
Ernani Xavier
UMA DEMÃO DE VERDE: OS LAÇOS ENTRE GRUPOS AMBIENTAIS
ELAINE DEWAR
Denúncia de manobras arrecadadoras de recursos por ONGs ambientalistas supostamente dedicadas á preservação das matas e dos mananciais.
LAÇOS SÓRDIDOS: NEGÓCIOS ESCUSOS
A autora de “Uma Demão de Verde: Os Laços entre Grupos Ambientais” a jornalista canadense Elaine Dewar oferece na realidade uma bem fundamentada denúncia. O tema é ambientalismo e ela é do meio. Não sendo um discurso engajado é um relato baseado em informações que inspiram credibilidade. Buscando realizar pesquisas de uma das mais importantes “nações” indígenas do Brasil, os Caiapós, suas primeiras presunções foram alteradas. Em vez de grupo carente de apoio de ONGs mantidas por órgãos internacionais, a repórter se deparou com uma “organização” solidamente evangelizada por modernas doutrinas comerciais de alcance mundial, explorando ouro e madeira da sua reserva. Descobriu que por aí passava uma “trilha de milhões e milhões de dólares, em um circuito que integrava agências governamentais, fundações e empresas privadas, organizações não-governamentais, e ativistas ambientais e indigenistas, que se empenhavam em influenciar as políticas públicas em três continentes”. A leitura de “Uma Demão de Verde” possibilita entender os meandros da construção da própria Constituição do Brasil pode ser fortemente manipulada por uma intrincada rede de poder que influenciou a sua própria redação. Na Constituição de 88 consta com clareza, que teriam de haver reservas onde ninguém pudesse entrar. Por trás das linhas dá muito bem para se acrescentar, a partir do texto da repórter canadense, a não ser quem tenha sintonia fina com interesses comuns de políticos-empresários, donos de ONGs e grupos nativos.Um exemplo citado pela autora é a ONG, Instituto de Pré-História, Antropologia e Ecologia (IPHAE), de propriedade de Wim Groeneveld, sediada em Porto Velho-RO. O texto-reportagem mostra convincentemente a rede intrincada que une com laços consistentes, o governo americano, canadense, inglês e japonês, e como estes mexem com ONGs, políticos, empresas como é o caso do Brascan, Vale do Rio Doce, Institutos, Fundações como a Chico Mendes e comunidades indígenas para a movimentação de milhões de dólares. Nada mais oportuno o conteúdo do livro “Uma Demão de Verde" para entender como os países ricos escrevem as políticas e as políticas públicas brasileiras e ostentam a fragilidade da exacerbadamente apregoada soberania nacional. Uma fantasia, um delírio. Tem razão Augusto Heleno, o general contestado, ao apontar a força dos espúrios "interesses" internacionais pela Amazônia. Da mesma forma em que o texto mostra exploração econômica da Amazônia por parte de ONG’s estrangeiras, ou brasileiras financiadas do exterior, inclusive por governos e multinacionais, á revelia ou contraditórias ao desenvolvimento do agro negócio brasileiro. Ficam evidentes os autênticos laços entre grupos ambientais, governos e grandes negócios". Ela relata a forma espúria de como foram conseguidos recursos para o encontro de 1989. Segundo ela, o histórico encontro de Altamira foi sustentado por negócios ilegais de ouro e madeira realizados pelos índios Caiapós, e não por sustentação externa como apregoado na época. O texto levanta muitas outras denúncias tendo o Brasil como espaço nuclear da trama que tem aspectos de literatura de suspense. Elaine Dewar por várias vezes, recebeu o Nacional Magazine Award, um dos mais prestigiosos prêmios jornalísticos do Canadá. Escreveu vários documentários, sendo que, com “Chimeras and Quests for Imortality”(2004) recebeu o Nereus Writers’s Trust Non-Fiction Prize, concedido anualmente á melhor obra de não-ficção de um autor canadense. Segue a linha do livro Máfia Verde: o ambientalismo a serviço do “Governo Mundial”, publicado pela Executive Intelligence Review, a revista de inteligência internacional fundada pelo economista estadunidense Lyndon LaRouche. Bem como se vê, a agonia do planeta suscita o oportunismo das mega corporações e dos governos mundiais.
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http://pt.shvoong.com/writers/ernani_xavier/
DEWAR, Elaine. Rio de Janeiro: Editora CAPAX DEI, 2007, 528 pp.
(ISBN 978-85-98059-07-5).