RESENHA
Ernani Xavier
O BRASIL DITA O FUTURO
O livro do Cientista cearense Alexandre Craveiro “Quitosana – a fibra do futuro” é uma comunicação científica sobre a fibra quitosana. Diz que ela é de origem animal, que possui uma vasta gama de aplicações que abrange desde efluentes industriais até a alimentação (perda de peso e funcionamento intestinal, redução do colesterol), área farmacêutica (como matéria-prima na confecção de fios cirúrgicos). O livro de Craveiro aborda ainda as aplicações biotecnológicas e os estudos clínicos que realizou. A quitosana é mostrada como uma fibra natural que elimina gordura, reduz os níveis de mau colesterol (colesterol LDL) e ácido úrico, previne o câncer de cólon e próstata, sendo ainda um excelente agente antiácido, antibacteriano e cicatrizante. Esta fibra é derivada da quitina, polímero abundante na natureza que só perde em quantidade para a celulose, que é uma fibra vegetal que atua como componente estrutural das plantas. A quitina, um componente estrutural das carapaças de crustáceos (notadamente camarão, lagosta e caranguejo) é biosintetizada em grande escala na natureza por processos enzimáticos no denominado “ciclo da quitina”. A quitosana, produzida a partir da quitina por processos enzimáticos ou por uma reação química denominada desacetilação, passa a ser uma das poucas fibras naturais solúveis em meio ácidos. Uma vez ingerida, a quitosana é solubilizada no estômago, formando um gel quimicamente ativo, em função dos grupamentos amino presentes na sua estrutura. Este gel eletrostaticamente carregado tem a propriedade de atrair e se ligar à gordura ingerida na alimentação, formando um complexo quitosana-gordura, que evita a ação das lipases (enzimas que metabolizam os lipídios), impedindo desse modo a sua consequente absorção (da gordura) pelo organismo. Cada grama de quitosana ingerida tem capacidade de capturar e eliminar até 8 gramas de gordura ingerida (aproximadamente 80 calorias). Além disso, a quitosana através de seus grupos aminos livres possui a capacidade de se ligar aos ácidos biliares do sistema digestivo excretando-os nas fezes. Os ácidos biliares, substâncias componentes da bile, são essenciais ao processo digestivo. O problema dos ácidos biliares é que eles são recicláveis, por isso, reaproveitados pelo organismo após a digestão, através da reabsorção pelo trato intestinal retornando ao fígado completando assim um ciclo no organismo denominado de circulação entero-hepática. A presença excessiva desses ácidos no intestino está relacionado ao desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como o de cólon e de próstata. Na medida em que se liga aos ácidos biliares em excesso, exerce um duplo efeito benéfico: evita a presença desses ácidos livres no intestino prevenindo o câncer e simultaneamente ativa o fígado para produzir mais ácidos biliares, reduzindo os níveis do mau colesterol (colesterol LDL) no organismo, segundo o cientista. Um dos livros mais vendidos nos Estados unidos “The Fat Blocker Diet”, publicado em 97, os autores propõem dietas de sucesso para controle e redução de peso onde o componente-chave é a quitosana. De acordo com o programa proposto pelo estudo, é possível cortar da alimentação até 25 gramas de gordura por dia, ou seja, algo em torno de 230 calorias. A maior parte da gordura e conseqüentemente a caloria contida nestes alimentos é eliminada do organismo por este maravilhoso polímero natural. No Japão, a quitosana está sendo o tratamento indicado por mais de 10.000 médicos nutricionistas. A quitosana tem sido aí indicada para a regeneração de tecidos, prevenção de metástase, bronquite asmática, desordens oculares e hepáticas, e até na produção de cosméticos para proteção, hidratação e rejuvenescimento da pele. Aqui no Brasil, o PADETEC – Parque de Desenvolvimento Tecnológico da Universidade Federal do Ceará, desenvolveu a tecnologia. A Polymar, empresa presidida por Alexandre Craveiro detém os direitos de fabricação de suplemento alimentar utilizando princípios ativos da quitosana, o produto FYBERSAN.
Alexandre Cabral Craveiro. Quitosana, A Fibra do Futuro. Fortaleza: Padetec, 2007.
Palavras-chave:suplemento alimentar, prevenção do câncer, gestão do peso e da massa corporal
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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
AS CORES DA LONGEVIDADE
RESENHA
Ernani Xavier
PARAR DE ENVELHECER
Alexandre Craveiro, professor da Universidade Federal de Fortaleza, escreveu este texto científico, sobre a possibilidade de se prolongar a vida humana, “As Cores da Longevidade”. Segundo o autor, “existem várias teorias para compreender e explicar o processo biológico do envelhecimento humano, entre as quais: Restrição Calórica, Mutações, Envelhecimento Programado, Síntese de Proteínas Defeituosas e Mecanismos de Reparação”. Para o autor, a mais abrangente, e uma das mais aceita pela comunidade cientifica, é a teoria do envelhecimento como conseqüência da ação nociva dos compostos conhecidos como radicais livres. Segundo essa teoria, o envelhecimento e as doenças degenerativas a ele associadas, são resultado de alterações moleculares e lesões celulares provocadas por radicais livres. Segundo essa teoria, o processo de envelhecimento se deve a um somatório das reações prejudiciais dos radicais livres que se processam continuamente em todas as células e tecidos do organismo humano. Os radicais livres, segundo Craveiro, são substâncias perigosas capazes de atacar outras moléculas do nosso corpo, como proteínas, carboidratos, lipídeos e o DNA, causando danos e alterando as suas estruturas. Estas espécies oxigenadas são geradas continuamente no organismo desde os primeiros momentos de gestação até o final da vida. Uma questão crucial é que até a meia idade (por volta dos 45 anos de idade), o organismo consegue neutralizar o excedente de radicais livres formados. Desta forma, começam a ocorrer lesões de célula a célula, tecidos e órgãos até chegar à degeneração celular, acarretando doenças, envelhecimento e problemas relacionados à terceira idade. Pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer dos EUA, o envelhecimento pode ser considerado uma doença. Segundo esta teoria, o fenômeno do envelhecimento é conseqüência dos danos oxidativos que ocorrem no interior da mitocôndria ao longo do tempo,pois, o nível de estresse oxidativo é um fator essencial para determinar a idade ou o “grau de envelhecimento” do organismo. Em outras palavras, segundo esse conceito, a idade de uma pessoa deve ser medida ou representada pelo nível de oxidação do organismo e não em anos, como se convencionou medir. Pesquisadores da Polymar, empresa cearense empresa cearense de base tecnológica, em parceria com o Padetec, desenvolveram um teste para determinar o grau de estresse oxidativo de qualquer pessoa, através de um procedimento simples. É um teste rápido, prático e eficaz, podendo ser realizado em qualquer lugar. O resultado pode ser obtido em menos de cinco minutos e possui uma precisão bem maior do que o exame sanguíneo. Enfim, a maioria dos estudos revela que a alimentação é um fator fundamental para o controle da produção de radicais livres, pois existe uma gama de substâncias naturais com poderosas atividades antioxidantes, conhecidas como fotoquímicos. Craveiro afirma que “O envelhecimento é um processo oxidativo provocado por alterações moleculares e celulares, resultantes da ação destrutiva dos radicais livres em nosso organismo e pode ser retardado”. Craveiro, em seu livro, assegura que, conseguiremos “parar” o processo de envelhecimento. E que as cores da longevidade são aquelas dos produtos naturais (frutas, verduras ou suplementos que os substituam). Assim, não simplesmente se prolongará a vida, mas o o tempo de vida saudável, algo que já começa a acontecer, pois as pessoas com mais de 70 anos levam uma vida mais ativa que as da mesma faixa de idade das gerações anteriores. E cita Aubrey de Grey, gerontólogo biomédico da Universidade de Cambridge que preconiza que “A primeira pessoa que viverá até os mil anos de idade já nasceu”.
Alexandre Cabral Craveiro é Bacharel em Química e Doutor em Síntese Orgânica pela UFC, Pesquisador do PADETEC – Parque de Desenvolvimento Tecnológico, Campus do Pici – UFC e autor de diversos outros livros.
Alexandre Craveiro. As Cores Da Longevidade. Fortaleza:Padetec, 2007.
Palavras-chave: longevidade, radicais livres, intoxicação do organismo
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Ernani Xavier
PARAR DE ENVELHECER
Alexandre Craveiro, professor da Universidade Federal de Fortaleza, escreveu este texto científico, sobre a possibilidade de se prolongar a vida humana, “As Cores da Longevidade”. Segundo o autor, “existem várias teorias para compreender e explicar o processo biológico do envelhecimento humano, entre as quais: Restrição Calórica, Mutações, Envelhecimento Programado, Síntese de Proteínas Defeituosas e Mecanismos de Reparação”. Para o autor, a mais abrangente, e uma das mais aceita pela comunidade cientifica, é a teoria do envelhecimento como conseqüência da ação nociva dos compostos conhecidos como radicais livres. Segundo essa teoria, o envelhecimento e as doenças degenerativas a ele associadas, são resultado de alterações moleculares e lesões celulares provocadas por radicais livres. Segundo essa teoria, o processo de envelhecimento se deve a um somatório das reações prejudiciais dos radicais livres que se processam continuamente em todas as células e tecidos do organismo humano. Os radicais livres, segundo Craveiro, são substâncias perigosas capazes de atacar outras moléculas do nosso corpo, como proteínas, carboidratos, lipídeos e o DNA, causando danos e alterando as suas estruturas. Estas espécies oxigenadas são geradas continuamente no organismo desde os primeiros momentos de gestação até o final da vida. Uma questão crucial é que até a meia idade (por volta dos 45 anos de idade), o organismo consegue neutralizar o excedente de radicais livres formados. Desta forma, começam a ocorrer lesões de célula a célula, tecidos e órgãos até chegar à degeneração celular, acarretando doenças, envelhecimento e problemas relacionados à terceira idade. Pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer dos EUA, o envelhecimento pode ser considerado uma doença. Segundo esta teoria, o fenômeno do envelhecimento é conseqüência dos danos oxidativos que ocorrem no interior da mitocôndria ao longo do tempo,pois, o nível de estresse oxidativo é um fator essencial para determinar a idade ou o “grau de envelhecimento” do organismo. Em outras palavras, segundo esse conceito, a idade de uma pessoa deve ser medida ou representada pelo nível de oxidação do organismo e não em anos, como se convencionou medir. Pesquisadores da Polymar, empresa cearense empresa cearense de base tecnológica, em parceria com o Padetec, desenvolveram um teste para determinar o grau de estresse oxidativo de qualquer pessoa, através de um procedimento simples. É um teste rápido, prático e eficaz, podendo ser realizado em qualquer lugar. O resultado pode ser obtido em menos de cinco minutos e possui uma precisão bem maior do que o exame sanguíneo. Enfim, a maioria dos estudos revela que a alimentação é um fator fundamental para o controle da produção de radicais livres, pois existe uma gama de substâncias naturais com poderosas atividades antioxidantes, conhecidas como fotoquímicos. Craveiro afirma que “O envelhecimento é um processo oxidativo provocado por alterações moleculares e celulares, resultantes da ação destrutiva dos radicais livres em nosso organismo e pode ser retardado”. Craveiro, em seu livro, assegura que, conseguiremos “parar” o processo de envelhecimento. E que as cores da longevidade são aquelas dos produtos naturais (frutas, verduras ou suplementos que os substituam). Assim, não simplesmente se prolongará a vida, mas o o tempo de vida saudável, algo que já começa a acontecer, pois as pessoas com mais de 70 anos levam uma vida mais ativa que as da mesma faixa de idade das gerações anteriores. E cita Aubrey de Grey, gerontólogo biomédico da Universidade de Cambridge que preconiza que “A primeira pessoa que viverá até os mil anos de idade já nasceu”.
Alexandre Cabral Craveiro é Bacharel em Química e Doutor em Síntese Orgânica pela UFC, Pesquisador do PADETEC – Parque de Desenvolvimento Tecnológico, Campus do Pici – UFC e autor de diversos outros livros.
Alexandre Craveiro. As Cores Da Longevidade. Fortaleza:Padetec, 2007.
Palavras-chave: longevidade, radicais livres, intoxicação do organismo
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domingo, 10 de fevereiro de 2008
O BEIJO DA MORTE
RESENHA
Ernani Xavier
OS CRIMES DOS GENERAIS
O livro “O Beijo da Morte” dos autores Carlos Heitor Cony e Anna Lee, é um romance-reportagem que trata de mortes misteriosas de grandes políticos brasileiros e até mesmo latino-americanos, entre os quais JK, Jango e Lacerda. Segundo os autores, historiadores, estes políticos teriam sido vítimas de conspiração política internacional. De qualquer modo tais fatos ainda estão obscurecidos por falta de dados concretos verificáveis juridicamente. Enfim, quais são as reais circunstâncias em que morreram estes três grandes nomes, Juscelino Kubitschek, João Goulart e Carlos Lacerda? O livro é uma excelente reportagem. Ambos os repórteres são muito respeitados como jornalistas e como historiadores o que ajuda a crer que tais circunstâncias podem muito bem ser dignas igualmente de credibilidade. Esta, portanto, pode superar em muito a ficção a que se lhe atribui. Como explica Cony, “Apesar das provas existentes, que dão como natural a morte dos três líderes, sempre duvidei das conclusões oficiais, e não apenas nesse assunto, mas na história em geral, que é uma sucessão de casos obscuros e mal resolvidos." Cony e Anna entrevistaram dezenas de pessoas, no Rio, em São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Montevidéu. Examinaram habbeas-data e prontuários médicos. Além de textos de Cony que foram resultados de sua investigação que se iniciaram em 1976. O livro possui anexos com valor documental onde é pedida a exumação do corpo de Jango para verificar a suspeita de envenenamento, suspeita dominante hoje, e um outro documento super revelador, mediante ao que se criou o grande movimento Frente Ampla, radicalmente contrário aos “desejos” norte-americanos para manter aqui a sua hegemonia, não só no Brasil, mas nos outros Uruguai, Argentina e Paraguai naqueles anos finais da década de 60. O livro conquistou o segundo lugar na categoria Reportagem e Biografia do Prêmio Jabuti 2004. As mortes ocorreram dentro de um espaço de tempo muito curto, nove meses, estando no poder nos países envolvidos juntas militares frente ao que os supostamente assassinados poderiam fazer ameaçadora “frente”. O texto revela a tragédia que foi o levante militar ocorrido em 1964. No ápice da tragédia estaria um assassinato de um ex-presidente do Brasil por um Presidente do Brasil, O General Geisel, um dos generais que exerceram poder ditatorial por quase vinte anos. No livro um capítulo inteiro escrito por Anna Lee aponta para um pelego uruguaio chamado de Mario Naira Barreiro, hoje prisioneiro em Charqueadas por delinqüência financeira e política, sustenta que tem umas 40 horas de fitas, onde muita gente, inclusive Jango fala sobre conteúdos ainda mais misteriosos do que os seus próprios assassinatos. Tais fitas ainda não foram lidas. O ex-agente de crimes políticos quer dinheiro para mostrar o que diz que tem. Mas, uma coisa parece estar coerente do que depreendeu da conversa de Anna Lee com o uruguaio: Goulart foi morto a pedido do Brasil. Segundo o uruguaio, a autorização para o envenenamento de Jango partiu do General Geisel (1908-1996) e foi transmitida a Fleury, que acertou os detalhes da criminosa operação chamada de “Escorpião”, com o serviço de inteligência do Uruguai, detalhes da operação, chamada Escorpião, que teria sido acompanhada e financiada pela CIA. Cony, Um dos mais respeitados escritores brasileiros, eleito imortal da Academia Brasileira de Letras, dedicou-se á construção do texto “O Beijo da Morte” durante um ano em co-parceria dom a doutoranda em Jornalismo carioca, Anna Lee.
Carlos Heitor Cony e Anna Lee. O Beijo Da Morte. Rio: Editora Objetiva, 2003, 288 Páginas.
Tags: Conspiração, ditadura militar, política latino-americana
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Ernani Xavier
OS CRIMES DOS GENERAIS
O livro “O Beijo da Morte” dos autores Carlos Heitor Cony e Anna Lee, é um romance-reportagem que trata de mortes misteriosas de grandes políticos brasileiros e até mesmo latino-americanos, entre os quais JK, Jango e Lacerda. Segundo os autores, historiadores, estes políticos teriam sido vítimas de conspiração política internacional. De qualquer modo tais fatos ainda estão obscurecidos por falta de dados concretos verificáveis juridicamente. Enfim, quais são as reais circunstâncias em que morreram estes três grandes nomes, Juscelino Kubitschek, João Goulart e Carlos Lacerda? O livro é uma excelente reportagem. Ambos os repórteres são muito respeitados como jornalistas e como historiadores o que ajuda a crer que tais circunstâncias podem muito bem ser dignas igualmente de credibilidade. Esta, portanto, pode superar em muito a ficção a que se lhe atribui. Como explica Cony, “Apesar das provas existentes, que dão como natural a morte dos três líderes, sempre duvidei das conclusões oficiais, e não apenas nesse assunto, mas na história em geral, que é uma sucessão de casos obscuros e mal resolvidos." Cony e Anna entrevistaram dezenas de pessoas, no Rio, em São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Montevidéu. Examinaram habbeas-data e prontuários médicos. Além de textos de Cony que foram resultados de sua investigação que se iniciaram em 1976. O livro possui anexos com valor documental onde é pedida a exumação do corpo de Jango para verificar a suspeita de envenenamento, suspeita dominante hoje, e um outro documento super revelador, mediante ao que se criou o grande movimento Frente Ampla, radicalmente contrário aos “desejos” norte-americanos para manter aqui a sua hegemonia, não só no Brasil, mas nos outros Uruguai, Argentina e Paraguai naqueles anos finais da década de 60. O livro conquistou o segundo lugar na categoria Reportagem e Biografia do Prêmio Jabuti 2004. As mortes ocorreram dentro de um espaço de tempo muito curto, nove meses, estando no poder nos países envolvidos juntas militares frente ao que os supostamente assassinados poderiam fazer ameaçadora “frente”. O texto revela a tragédia que foi o levante militar ocorrido em 1964. No ápice da tragédia estaria um assassinato de um ex-presidente do Brasil por um Presidente do Brasil, O General Geisel, um dos generais que exerceram poder ditatorial por quase vinte anos. No livro um capítulo inteiro escrito por Anna Lee aponta para um pelego uruguaio chamado de Mario Naira Barreiro, hoje prisioneiro em Charqueadas por delinqüência financeira e política, sustenta que tem umas 40 horas de fitas, onde muita gente, inclusive Jango fala sobre conteúdos ainda mais misteriosos do que os seus próprios assassinatos. Tais fitas ainda não foram lidas. O ex-agente de crimes políticos quer dinheiro para mostrar o que diz que tem. Mas, uma coisa parece estar coerente do que depreendeu da conversa de Anna Lee com o uruguaio: Goulart foi morto a pedido do Brasil. Segundo o uruguaio, a autorização para o envenenamento de Jango partiu do General Geisel (1908-1996) e foi transmitida a Fleury, que acertou os detalhes da criminosa operação chamada de “Escorpião”, com o serviço de inteligência do Uruguai, detalhes da operação, chamada Escorpião, que teria sido acompanhada e financiada pela CIA. Cony, Um dos mais respeitados escritores brasileiros, eleito imortal da Academia Brasileira de Letras, dedicou-se á construção do texto “O Beijo da Morte” durante um ano em co-parceria dom a doutoranda em Jornalismo carioca, Anna Lee.
Carlos Heitor Cony e Anna Lee. O Beijo Da Morte. Rio: Editora Objetiva, 2003, 288 Páginas.
Tags: Conspiração, ditadura militar, política latino-americana
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sábado, 9 de fevereiro de 2008
O VALOR DO AMANHÃ
RESENHA
Ernani Xavier
O CUSTO HUMANO E SOCIAL DA IMPACIÊNCIA
Economista e escritor destacado, Eduardo Giannetti, construiu um dos textos mais lúcidos sobre a difícil gestão do dinheiro, o livro, “O Valor do Amanhã”. Trata sobre o fenômeno dos juros como incidência sobre toda e qualquer forma de troca de capital que ocorra dentro de um dado período de tempo. Tanto incide a taxa de juros, como uma remuneração, em qualquer transferência de valores do presente para o futuro, quanto nos custos de antecipar valores do futuro para o presente. O autor refere-se a um outro fenômeno, aquele da “miopia temporal”, quando o indivíduo dá demasiada importância ao que está mais próximo no tempo e da “hipermetropia temporal”, quando é atribuído um valor excessivo ao amanhã, em prejuízo das demandas correntes, utilizando apropriadamente a metáfora da visão. O míope, com freqüência é vítima do remorso, porque o futuro chega e cobra seu preço pelo passado despreocupado e o hipermétrope padece do arrependimento pelo desperdício de oportunidades perdidas com o excesso de zelo pelo amanhã. Cita outro economista, prêmio Nobel, Schopenhauer, que assegurou: “muitos vivem em demasia no presente: são os levianos; outros vivem em demasia no futuro: são os medrosos e os preocupados”, mostrando que é incomum alguém manter com exatidão a justa medida. Também usa a metáfora biológica como recurso de explicação: a senescência é o valor pago pelo rigor da juventude: “a plenitude do corpo jovem se constrói às custas da tibieza do corpo velho...” Há um claro trade-off implícito em cada escolha intertemporal que fazemos, entre o “viver agora e pagar depois”, ou “plantar agora e colher depois”. O economista alerta para o fator instintivo fortemente presente nas crianças e nos animais que desconhecem o valor da espera e não possuem ferramentas racionais para avaliar o quanto esta pode resultar em algum valor. Neste caso, o fator desejo impõe pronto atendimento da necessidade sentida. Esta ansiedade é transferida para diversas situações da vida adulta que em que a pessoa não consegue dominar a impulsividade por meio de mecanismos racionais e entrega-se ao prazer do aqui e agora dos seus desejos de adquirir. Tais adultos minimizam ou ignoram totalmente o fator previdência tornando-se vítimas fáceis desta impulsividade. O economista adverte que a poupança de hoje é que permite o consumo maior de amanhã, quase uma lição de paciência e resignação budista. Conforme o amanhã sonhado é que é exigido o sacrifício de hoje, ensina Giannotti. Ele também alerta para o fato de que os juros fazem parte integrante da vida de todos, todos os dias. Aparecem nas intrincadas discussões sobre o crescimento econômico dos países como em detalhes mínimos do cotidiano individual. Salienta que o princípio econômico é simples e básico: o devedor antecipa um benefício para desfrute imediato e se compromete a pagar por isso mais tarde, e quem cede algo de que dispõe agora e espera receber um montante superior no final da transação. Em "O Valor do Amanhã", Eduardo Giannetti defende que esse aspecto dos juros é apenas parte de um fenômeno natural maior, tão comum quanto a força da gravidade e a fotossíntese. O fenômeno, portanto, transcende ao aspecto mercantil. Não A questão "atinge as mais diversas e surpreendentes esferas da vida prática, social e espiritual...” Destaca que desde o momento em que aprendeu a planejar sua vida, o homem tem de antecipar os seus desígnios. Mostra que, a sociedade brasileira tem tomado emprestado do futuro sem assumir condizente responsabilidade. E que é por isso que a dívida pública através do Estado beira um trilhão e meio de reais, e que a taxa de poupança é absurdamente baixa, menor que 20% do PIB. O Brasil vive, portanto, demasiadamente no presente, com seu governo inchado e assistencialista, sem a necessária poupança que se reverteria em investimentos produtivos. O próprio governo nacional age como uma criança, por impulso, para atender os desejos do momento. Quer o bônus da prosperidade sem o ônus da poupança. Quer o crescimento sem o custo da espera, e quando o resultado não é inflação ou crise na balança de pagamentos, é juros altos.
Eduardo Giannetti. O Valor do Amanhã - Ensaio Sobre A Natureza Dos Juros – Cia das Letras
Tags: Juros, poupança, planejamento financeiro
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Ernani Xavier
O CUSTO HUMANO E SOCIAL DA IMPACIÊNCIA
Economista e escritor destacado, Eduardo Giannetti, construiu um dos textos mais lúcidos sobre a difícil gestão do dinheiro, o livro, “O Valor do Amanhã”. Trata sobre o fenômeno dos juros como incidência sobre toda e qualquer forma de troca de capital que ocorra dentro de um dado período de tempo. Tanto incide a taxa de juros, como uma remuneração, em qualquer transferência de valores do presente para o futuro, quanto nos custos de antecipar valores do futuro para o presente. O autor refere-se a um outro fenômeno, aquele da “miopia temporal”, quando o indivíduo dá demasiada importância ao que está mais próximo no tempo e da “hipermetropia temporal”, quando é atribuído um valor excessivo ao amanhã, em prejuízo das demandas correntes, utilizando apropriadamente a metáfora da visão. O míope, com freqüência é vítima do remorso, porque o futuro chega e cobra seu preço pelo passado despreocupado e o hipermétrope padece do arrependimento pelo desperdício de oportunidades perdidas com o excesso de zelo pelo amanhã. Cita outro economista, prêmio Nobel, Schopenhauer, que assegurou: “muitos vivem em demasia no presente: são os levianos; outros vivem em demasia no futuro: são os medrosos e os preocupados”, mostrando que é incomum alguém manter com exatidão a justa medida. Também usa a metáfora biológica como recurso de explicação: a senescência é o valor pago pelo rigor da juventude: “a plenitude do corpo jovem se constrói às custas da tibieza do corpo velho...” Há um claro trade-off implícito em cada escolha intertemporal que fazemos, entre o “viver agora e pagar depois”, ou “plantar agora e colher depois”. O economista alerta para o fator instintivo fortemente presente nas crianças e nos animais que desconhecem o valor da espera e não possuem ferramentas racionais para avaliar o quanto esta pode resultar em algum valor. Neste caso, o fator desejo impõe pronto atendimento da necessidade sentida. Esta ansiedade é transferida para diversas situações da vida adulta que em que a pessoa não consegue dominar a impulsividade por meio de mecanismos racionais e entrega-se ao prazer do aqui e agora dos seus desejos de adquirir. Tais adultos minimizam ou ignoram totalmente o fator previdência tornando-se vítimas fáceis desta impulsividade. O economista adverte que a poupança de hoje é que permite o consumo maior de amanhã, quase uma lição de paciência e resignação budista. Conforme o amanhã sonhado é que é exigido o sacrifício de hoje, ensina Giannotti. Ele também alerta para o fato de que os juros fazem parte integrante da vida de todos, todos os dias. Aparecem nas intrincadas discussões sobre o crescimento econômico dos países como em detalhes mínimos do cotidiano individual. Salienta que o princípio econômico é simples e básico: o devedor antecipa um benefício para desfrute imediato e se compromete a pagar por isso mais tarde, e quem cede algo de que dispõe agora e espera receber um montante superior no final da transação. Em "O Valor do Amanhã", Eduardo Giannetti defende que esse aspecto dos juros é apenas parte de um fenômeno natural maior, tão comum quanto a força da gravidade e a fotossíntese. O fenômeno, portanto, transcende ao aspecto mercantil. Não A questão "atinge as mais diversas e surpreendentes esferas da vida prática, social e espiritual...” Destaca que desde o momento em que aprendeu a planejar sua vida, o homem tem de antecipar os seus desígnios. Mostra que, a sociedade brasileira tem tomado emprestado do futuro sem assumir condizente responsabilidade. E que é por isso que a dívida pública através do Estado beira um trilhão e meio de reais, e que a taxa de poupança é absurdamente baixa, menor que 20% do PIB. O Brasil vive, portanto, demasiadamente no presente, com seu governo inchado e assistencialista, sem a necessária poupança que se reverteria em investimentos produtivos. O próprio governo nacional age como uma criança, por impulso, para atender os desejos do momento. Quer o bônus da prosperidade sem o ônus da poupança. Quer o crescimento sem o custo da espera, e quando o resultado não é inflação ou crise na balança de pagamentos, é juros altos.
Eduardo Giannetti. O Valor do Amanhã - Ensaio Sobre A Natureza Dos Juros – Cia das Letras
Tags: Juros, poupança, planejamento financeiro
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CLARA NUNES - GUERREIRA DA UTOPIA
RESENHA
Ernani Xavier
MÁGICA CLARIDADE
Vagner Fernandes compôs uma obra biográfica “Clara Nunes, guerreira da utopia”, celebrando os vinte anos da morte da cantora. Tragédias marcaram a infância de Clara Francisca Gonçalves Nunes. Perdeu os pais aos seis anos de idade. O seu irmão mais velho que a adotara foi envolvido em crime que tem conecções com ela. Matou um jovem que a teria difamado. Mudou-se do interior para Belo Horizonte, onde sofreu dificuldades e privações durante grande parte da sua adolescência. Tentou a sorte como artista e se deu bem, assumindo o nome de Clara Nunes. Logo começou a conquistar grande popularidade e projeção em âmbito nacional. A narrativa caracteriza-se pela objetividade jornalística e a fidelidade aos fatos ocorridos na vida da cantora. Pessoas que a acompanharam na caminhada de glórias na carreira foram procuradas para dar os seus depoimentos. Este foi o caso do seu primeiro namorado, Aurino Araújo, quem influenciara a mudança de Clara para o Rio. Teve de enfrentar e vencer muitos dilemas e as naturais inseguranças da mudança. Começou a escalada de sucessos com uma composição de Carlos Imperial, "Você passa, eu acho graça". Testemunho na época a acirrada competição entre a Bossa Nova, Tropicália (Caetano e Gil) e a Jovem Guarda, ficando relegada a um plano secundário. Clara queria ter filhos, constituir uma família e havia encontrado em Paulo César, produtor de alguns dos seus discos, com quem casara, o parceiro ideal para isso. O historiador afirma que, “ Clara manteve ao redor de si ao longo da carreira um círculo de compositores fiéis como alguns bambas da Velha Guarda da Portela, Nelson Cavaquinho, a dupla Romildo e Toninho, Mauro Duarte, João Nogueira, assim como sempre foi acompanhada em suas apresentações ao vivo pelos músicos do Conjunto Nosso Samba, desde sua adesão ao gênero até os últimos shows”. O Convívio co Chico Buarque, Paulinho da Viola lhe foi muito favorável também. Apareceram dois sucessos: "Na linha do mar" e "Coração Leviano". A cantora morreu em decorrência de complicações pós-operatórias que resultaram em polêmica e controvérsias. Hoje, se viva, seria membro ativo da geração da música popular na facha dos sessenta: como outros monstros como Chico, Gil, Milton, Caetano, Ben e Paulinho da Viola. Morreu no auge da brilhante carreira. Tinha lançado meses antes, o álbum revolucionário, Nações. Clara passou, sem que ninguém, dessa vez tenha achado tanta graça. Passou e marcou. Marcou bem no fundo a sua personalidade e o seu nome na sua biografia e nas nossas. Marcou uma época inteira. Fez da sua presença e mágico poder vocal, uma arma de guerra. O seu timbre transmitia verdade. Exerceu, com certeza, a par da inesquecível irmã, Elis Regina, influência espiritual sobre a nova geração de mulheres e lhes deu inspiração par o seu canto. Clara foi mulher bem adiantada do seu tempo. Foi determinada, corajosa e carismática. O livro mostra uma mulher vencedora, espiritualista, fiel ás suas raízes e ao seu povo. Estrela meteórica. Modelo de espírito de luta e de auto-superação, de fé em si mesma e em Deus do céu.
Tags: espiritualidade, autosuperação, fatalidade
Vagner Fernandes. “Clara Nunes - Guerreira da Utopia”. Rio: Ediouro, 2007.
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Ernani Xavier
MÁGICA CLARIDADE
Vagner Fernandes compôs uma obra biográfica “Clara Nunes, guerreira da utopia”, celebrando os vinte anos da morte da cantora. Tragédias marcaram a infância de Clara Francisca Gonçalves Nunes. Perdeu os pais aos seis anos de idade. O seu irmão mais velho que a adotara foi envolvido em crime que tem conecções com ela. Matou um jovem que a teria difamado. Mudou-se do interior para Belo Horizonte, onde sofreu dificuldades e privações durante grande parte da sua adolescência. Tentou a sorte como artista e se deu bem, assumindo o nome de Clara Nunes. Logo começou a conquistar grande popularidade e projeção em âmbito nacional. A narrativa caracteriza-se pela objetividade jornalística e a fidelidade aos fatos ocorridos na vida da cantora. Pessoas que a acompanharam na caminhada de glórias na carreira foram procuradas para dar os seus depoimentos. Este foi o caso do seu primeiro namorado, Aurino Araújo, quem influenciara a mudança de Clara para o Rio. Teve de enfrentar e vencer muitos dilemas e as naturais inseguranças da mudança. Começou a escalada de sucessos com uma composição de Carlos Imperial, "Você passa, eu acho graça". Testemunho na época a acirrada competição entre a Bossa Nova, Tropicália (Caetano e Gil) e a Jovem Guarda, ficando relegada a um plano secundário. Clara queria ter filhos, constituir uma família e havia encontrado em Paulo César, produtor de alguns dos seus discos, com quem casara, o parceiro ideal para isso. O historiador afirma que, “ Clara manteve ao redor de si ao longo da carreira um círculo de compositores fiéis como alguns bambas da Velha Guarda da Portela, Nelson Cavaquinho, a dupla Romildo e Toninho, Mauro Duarte, João Nogueira, assim como sempre foi acompanhada em suas apresentações ao vivo pelos músicos do Conjunto Nosso Samba, desde sua adesão ao gênero até os últimos shows”. O Convívio co Chico Buarque, Paulinho da Viola lhe foi muito favorável também. Apareceram dois sucessos: "Na linha do mar" e "Coração Leviano". A cantora morreu em decorrência de complicações pós-operatórias que resultaram em polêmica e controvérsias. Hoje, se viva, seria membro ativo da geração da música popular na facha dos sessenta: como outros monstros como Chico, Gil, Milton, Caetano, Ben e Paulinho da Viola. Morreu no auge da brilhante carreira. Tinha lançado meses antes, o álbum revolucionário, Nações. Clara passou, sem que ninguém, dessa vez tenha achado tanta graça. Passou e marcou. Marcou bem no fundo a sua personalidade e o seu nome na sua biografia e nas nossas. Marcou uma época inteira. Fez da sua presença e mágico poder vocal, uma arma de guerra. O seu timbre transmitia verdade. Exerceu, com certeza, a par da inesquecível irmã, Elis Regina, influência espiritual sobre a nova geração de mulheres e lhes deu inspiração par o seu canto. Clara foi mulher bem adiantada do seu tempo. Foi determinada, corajosa e carismática. O livro mostra uma mulher vencedora, espiritualista, fiel ás suas raízes e ao seu povo. Estrela meteórica. Modelo de espírito de luta e de auto-superação, de fé em si mesma e em Deus do céu.
Tags: espiritualidade, autosuperação, fatalidade
Vagner Fernandes. “Clara Nunes - Guerreira da Utopia”. Rio: Ediouro, 2007.
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ANOREXIA E BULIMIA
RESENHA
Ernani Xavier
A TIRANIA DAS DIETAS
O livro “Anorexia e Bulimia” da escritora americana, Julia Buckroyd, Julia trata duas endemias consideradas hoje como a “doenças dos jovens”. O livro traz informações atualizadas sobre o assunto, que ainda é pouco conhecido e que atinge uma enorme camada de jovens entre 15 e 25 anos de idade. A autora esclarece como a sociedade e a cultura colaboram com a criação dessas doenças, descreve os sintomas, as conseqüências e também como ajudar no âmbito familiar e profissional. Seu texto é didático, bem organizado e os temas bem distribuídos. A primeira parte define os conceitos. A segunda parte trata das causas e trata de como enfrentar a vida e as pressões culturais e sociais. A terceira parte orienta sobre como obter ajuda tanto pelas estratégias de autoajuda como a procura da ajuda profissional. A autora esclarece que, “Este livro foi escrito originalmente como um guia para pessoas que sofrem de anorexia e para os seus familiares e amigos. Também pode ser útil para dar uma visão geral sobre o problema a alguns profissionais da saúde” Descreve o comportamento de uma pessoa anoríxica e de uma pessoa bulímica e dos efeitos psicológicos e físicos gerados. “Ao longo desses anos que venho trabalhando com pessoas que sofrem de transtornos alimentares, encontrei freqüentemente desespero tanto das vítimas como das suas famílias, gerado pela dúvida quanto á possibilidade de conseguir ajuda e se é possível se curar de anorexia e bulimia”. Por isso, o livro pode contribuir para o entendimento e a recuperação que ajude as vítimas e aqueles que as amam embarcarem juntos num processo de mudança e crescimento... A anorexia e a bulimia nervosa foram consideradas até alguns anos atrás como doenças incomuns e raras. Porém, tiveram a sua ocorrência assustadoramente aumentada recentemente. O fascínio é o corpo ideal. Há uma imensa pressão social para consegui-lo. Corpo sarado, esbelto e magro é associado ao sucesso e ao poder. Em especial adolescentes são seduzidos pelo ideal da forma perfeita já que é somente assim que serão bem-sucedidas e atribuem ao alimento a chance de realizar a sua intuição. Ocorre que estes moços vivem em um universo movido por interesses que têm o poder incontestável de manipula-los através de uma tremenda "violência simbólica". Neste contexto, as doenças são cada vez mais avassaladoras enquanto a indústria farmacêutica se torna cada vez mais poderosa. Amparada por outro segmento econômico altamente influente e poderoso, a grande mídia conduz a barbárie dentro das nossas casas. Só é bom ser magro, cada vez mais magro. As conseqüências diretas são os transtornos do comportamento alimentar, em suas diferentes modalidades – anorexia, bulimia e outros transtornos alimentares não específicos. Efetivamente, os quadros de anorexia (restritiva e/ou purgativa) e bulimia (purgativa e/ou sem purgação) relacionam-se entre si por produzirem psicopatologias comuns: idéia obsessiva para com o peso e a forma corporal, expressa pelo medo mórbido de engordar. Aí que a baixa auto-estima e a insatisfação com a imagem corporal são fatores de risco para tais transtornos alimentares. Pessoas negam as suas necessidades básicas, dedicam-se a dietas restritivas, jejuns prolongados e hábitos duvidosos de alimentar-se. A autora Julia Buckroyd deixa um recado, portanto, didático, agradável para ler, elucidativo. De elevada utilidade para jovens, pais e profissionais da saúde.
Julia Buckroyd. Anorexia e bulimia. Coleção Guias Agora,, 2000, 144 páginas.
Tags: nutrição, conduta na alimentação, transtornos do comportamento alimentar
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Ernani Xavier
A TIRANIA DAS DIETAS
O livro “Anorexia e Bulimia” da escritora americana, Julia Buckroyd, Julia trata duas endemias consideradas hoje como a “doenças dos jovens”. O livro traz informações atualizadas sobre o assunto, que ainda é pouco conhecido e que atinge uma enorme camada de jovens entre 15 e 25 anos de idade. A autora esclarece como a sociedade e a cultura colaboram com a criação dessas doenças, descreve os sintomas, as conseqüências e também como ajudar no âmbito familiar e profissional. Seu texto é didático, bem organizado e os temas bem distribuídos. A primeira parte define os conceitos. A segunda parte trata das causas e trata de como enfrentar a vida e as pressões culturais e sociais. A terceira parte orienta sobre como obter ajuda tanto pelas estratégias de autoajuda como a procura da ajuda profissional. A autora esclarece que, “Este livro foi escrito originalmente como um guia para pessoas que sofrem de anorexia e para os seus familiares e amigos. Também pode ser útil para dar uma visão geral sobre o problema a alguns profissionais da saúde” Descreve o comportamento de uma pessoa anoríxica e de uma pessoa bulímica e dos efeitos psicológicos e físicos gerados. “Ao longo desses anos que venho trabalhando com pessoas que sofrem de transtornos alimentares, encontrei freqüentemente desespero tanto das vítimas como das suas famílias, gerado pela dúvida quanto á possibilidade de conseguir ajuda e se é possível se curar de anorexia e bulimia”. Por isso, o livro pode contribuir para o entendimento e a recuperação que ajude as vítimas e aqueles que as amam embarcarem juntos num processo de mudança e crescimento... A anorexia e a bulimia nervosa foram consideradas até alguns anos atrás como doenças incomuns e raras. Porém, tiveram a sua ocorrência assustadoramente aumentada recentemente. O fascínio é o corpo ideal. Há uma imensa pressão social para consegui-lo. Corpo sarado, esbelto e magro é associado ao sucesso e ao poder. Em especial adolescentes são seduzidos pelo ideal da forma perfeita já que é somente assim que serão bem-sucedidas e atribuem ao alimento a chance de realizar a sua intuição. Ocorre que estes moços vivem em um universo movido por interesses que têm o poder incontestável de manipula-los através de uma tremenda "violência simbólica". Neste contexto, as doenças são cada vez mais avassaladoras enquanto a indústria farmacêutica se torna cada vez mais poderosa. Amparada por outro segmento econômico altamente influente e poderoso, a grande mídia conduz a barbárie dentro das nossas casas. Só é bom ser magro, cada vez mais magro. As conseqüências diretas são os transtornos do comportamento alimentar, em suas diferentes modalidades – anorexia, bulimia e outros transtornos alimentares não específicos. Efetivamente, os quadros de anorexia (restritiva e/ou purgativa) e bulimia (purgativa e/ou sem purgação) relacionam-se entre si por produzirem psicopatologias comuns: idéia obsessiva para com o peso e a forma corporal, expressa pelo medo mórbido de engordar. Aí que a baixa auto-estima e a insatisfação com a imagem corporal são fatores de risco para tais transtornos alimentares. Pessoas negam as suas necessidades básicas, dedicam-se a dietas restritivas, jejuns prolongados e hábitos duvidosos de alimentar-se. A autora Julia Buckroyd deixa um recado, portanto, didático, agradável para ler, elucidativo. De elevada utilidade para jovens, pais e profissionais da saúde.
Julia Buckroyd. Anorexia e bulimia. Coleção Guias Agora,, 2000, 144 páginas.
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A DOENÇA COMO METÁFORA
RESENHA
Ernani Xavier
MANIPULAÇÃO CULTURAL DA DOENÇA
No magnífico ensaio “A doença como metáfora”, Susan Sontag mostra como as representações sobre duas importantes patologias das sociedades modernas, o câncer e a tuberculose que são produzidas através da literatura ficcional, dos discursos médicos, psiquiátricos e militares que acabam criando e reforçando falsas crenças sobre os processos de adoecimento, associando a eles, sobretudo, um processo fatal de desenlace, de “preparação” para a morte. Este livro originalmente foi a base textual para conferências que a autora proferiu na Universidade de Nova Iorque. O seu texto não se refere à doença em si, mas, à doença usada como um símbolo ou metáfora, uma tentativa de entende-la e de explica-la a partir de conceitos subjetivos aculturados pelo inconsciente social coletivo. Para a ensaísta, doença nenhuma é uma metáfora, seria desonesto lhe atribuir significados metafóricos. “Há poucas décadas, quando o conhecimento de que se estava com tuberculose equivalia a ouvir uma sentença de morte – como hoje a imaginação popular, o câncer equivale a morte -, era comum esconder dos tuberculosos a identidade da doença e, depois que eles morriam, ocultá-la de seus filhos”. De acordo com Susan Sontag, "Apoiando a teoria sobre as causas emocionais do câncer há uma florescente literatura e um exército de pesquisadores. E raramente se passa uma semana sem que apareça um novo artigo anunciando ao público a ligação científica entre o câncer e os sentimentos dolorosos. São mencionadas as investigações científicas em que, entre, digamos, algumas centenas de cancerosos, dois terços ou três quintos declaram ter estado deprimidos ou insatisfeitos com suas vidas, ter sofrido perda de um parente, amante, cônjuge ou amigo íntimo". Para a autora, a doença tem de ser vista exclusivamente como fato biológico, não como destino ou expiação de alguma culpa. Lamenta que a medicina, em suas relações com a sociedade, interpreta a, muitas vezes, a doença, como uma punição. Isto vem de longe, argumenta, quando o pregador e escritor puritano Cotton Mather dizia que a sífilis era um castigo que o juízo justo de Deus reservava aos pecadores. No seu livro analisa a tuberculose, vista por muitos como metáfora da paixão, e o câncer, analisada como resultado da repressão da sociedade contemporânea sobre o ser humano. Estuda como elas são vistas pela sociedade como se fossem doenças provocadas pelo próprio indivíduo, como uma forma, respectivamente, de purgar pecados ou de reagir perante situações adversas. Reduzir a doença a metáfora gera preconceitos, portanto. A doença precisa ser vista não mais do que um evento físico, pois, só assim a pessoa deixaria de se sentir responsável pelo mal que carrega, despertando em si mesma alguns sentimentos de auto-rejeição e de punição. Susan Sontag escreveu sobre um tema que conhecia bem. Conhecia o mundo das doenças como poucos. Da própria luta contra o câncer, elaborou uma crítica ao pensamento coletivo sobre as doenças como um mal social ou como a interpretação de uma punição ao ser humano. Muitas são as pesquisas e os artigos sobre as influências da felicidade sobre o sistema imunológico, assim como os que comparam a depressão e os estados melancólicos aos estados de deficiências das defesas orgânicas. Conclui vaticinando que, “certamente, é provável que a linguagem usada sobre o câncer evolua nos anos vindouros”. Decisivamente, deverá mudar quando a doença for finalmente compreendida e a proporção de curas se tornar mais elevadas. Contudo, nessa época talvez ninguém mais irá comparar o câncer como algo terrível ou como um castigo.
Susan Sontag. A Doença Como Metáfora. Rio: Graal, 2004.110 páginas.
tags: mistificação da doença, honestidade na medicina, autoconsciência
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Ernani Xavier
MANIPULAÇÃO CULTURAL DA DOENÇA
No magnífico ensaio “A doença como metáfora”, Susan Sontag mostra como as representações sobre duas importantes patologias das sociedades modernas, o câncer e a tuberculose que são produzidas através da literatura ficcional, dos discursos médicos, psiquiátricos e militares que acabam criando e reforçando falsas crenças sobre os processos de adoecimento, associando a eles, sobretudo, um processo fatal de desenlace, de “preparação” para a morte. Este livro originalmente foi a base textual para conferências que a autora proferiu na Universidade de Nova Iorque. O seu texto não se refere à doença em si, mas, à doença usada como um símbolo ou metáfora, uma tentativa de entende-la e de explica-la a partir de conceitos subjetivos aculturados pelo inconsciente social coletivo. Para a ensaísta, doença nenhuma é uma metáfora, seria desonesto lhe atribuir significados metafóricos. “Há poucas décadas, quando o conhecimento de que se estava com tuberculose equivalia a ouvir uma sentença de morte – como hoje a imaginação popular, o câncer equivale a morte -, era comum esconder dos tuberculosos a identidade da doença e, depois que eles morriam, ocultá-la de seus filhos”. De acordo com Susan Sontag, "Apoiando a teoria sobre as causas emocionais do câncer há uma florescente literatura e um exército de pesquisadores. E raramente se passa uma semana sem que apareça um novo artigo anunciando ao público a ligação científica entre o câncer e os sentimentos dolorosos. São mencionadas as investigações científicas em que, entre, digamos, algumas centenas de cancerosos, dois terços ou três quintos declaram ter estado deprimidos ou insatisfeitos com suas vidas, ter sofrido perda de um parente, amante, cônjuge ou amigo íntimo". Para a autora, a doença tem de ser vista exclusivamente como fato biológico, não como destino ou expiação de alguma culpa. Lamenta que a medicina, em suas relações com a sociedade, interpreta a, muitas vezes, a doença, como uma punição. Isto vem de longe, argumenta, quando o pregador e escritor puritano Cotton Mather dizia que a sífilis era um castigo que o juízo justo de Deus reservava aos pecadores. No seu livro analisa a tuberculose, vista por muitos como metáfora da paixão, e o câncer, analisada como resultado da repressão da sociedade contemporânea sobre o ser humano. Estuda como elas são vistas pela sociedade como se fossem doenças provocadas pelo próprio indivíduo, como uma forma, respectivamente, de purgar pecados ou de reagir perante situações adversas. Reduzir a doença a metáfora gera preconceitos, portanto. A doença precisa ser vista não mais do que um evento físico, pois, só assim a pessoa deixaria de se sentir responsável pelo mal que carrega, despertando em si mesma alguns sentimentos de auto-rejeição e de punição. Susan Sontag escreveu sobre um tema que conhecia bem. Conhecia o mundo das doenças como poucos. Da própria luta contra o câncer, elaborou uma crítica ao pensamento coletivo sobre as doenças como um mal social ou como a interpretação de uma punição ao ser humano. Muitas são as pesquisas e os artigos sobre as influências da felicidade sobre o sistema imunológico, assim como os que comparam a depressão e os estados melancólicos aos estados de deficiências das defesas orgânicas. Conclui vaticinando que, “certamente, é provável que a linguagem usada sobre o câncer evolua nos anos vindouros”. Decisivamente, deverá mudar quando a doença for finalmente compreendida e a proporção de curas se tornar mais elevadas. Contudo, nessa época talvez ninguém mais irá comparar o câncer como algo terrível ou como um castigo.
Susan Sontag. A Doença Como Metáfora. Rio: Graal, 2004.110 páginas.
tags: mistificação da doença, honestidade na medicina, autoconsciência
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PAI RICO, PAI POBRE
RESENHA
Ernani Xavier
PATERNIDADE CÚMPLICE
Robert T. Kiyosaki e Sharnon L. Lechter ao escreverem “Pai Rico, Pai Pobre”, não imaginavam o sucesso que o livro faria, no mundo todo. Para defini-lo seria suficiente dizer que se trata de um livro de aconselhamentos sobre a gestão do dinheiro, de como tomar determinados cuidados para com investimentos, proteger o capital e construir bases para investimentos inteligentes. Os pais ricos e os pobres dos autores possuem valores muito diferentes quanto á administração do dinheiro e os transmitem aos seus filhos. Os mais pobres estão ainda na era industrial, era do trabalho duro, era da dependência do capital de terceiros. Os mais ricos vivem nos padrões inspirados na era da informação. Ambos têm atitudes radicalmente diferentes diante do fator prosperidade. As recomendações dos autores cobrem com muita lucidez os temas, Independência Econômica e Alfabetização Financeira. No seu livro ambos os autores fazem o papel de pais ricos: compartilham percepções e insights sobre como na prática cotidiana uma atuação mais inteligente sobre o dinheiro pode repercutir na solução de muitos problemas comuns da vida de cada um. Sem uma revisão radical dos conceitos a tendência é seguirmos as fórmulas existentes: trabalhar com afinco, poupar, fazer empréstimos e pagar muitos e muitos impostos. Deve-se chegar ao ponto de se escolher o destino do dinheiro que se recebe. “A escolha é de cada um. A cada dia, a cada nota, decidimos ser rico, pobre ou classe média. Dividir este conhecimento com os filhos é a melhor maneira de prepará-los para o mundo que os aguarda”. Ninguém, para tal fim, substitui o pai. Os autores esclarecem que “É hora das pessoas se ocuparem com seus próprios negócios. Um emprego significa que você está sendo pago para se ocupar com o negócio dos outros”. Atualmente e para o futuro, estamos na era da informação. As regras são outras. A maioria das grandes empresas está dizendo: "Nós não vamos mais pagar sua aposentadoria. Você tem que pagar". Fala igualmente do sistema escolar, alertando que este ainda está na era industrial, o qual mostra que se quiserem segurança as pessoas têm de correr atrás de emprego, porém, adverte: “as pessoas têm que parar de trabalhar por dinheiro e começar a fazer o dinheiro trabalhar por elas”. Denunciam: “as empresas tradicionais são as verdadeiras pirâmides”. Sugerem o Marketing Multinível como o modelo alternativo mais conveniente. A recomendação é clara: “Deixe de ser empregado. Quando isto acontece, você começa a se beneficiar das taxas diferenciadas. Você deixa de viver com um pobre ou classe média e começa a viver como os prósperos vivem. Os empregados trabalham e tem as taxas deduzidas de seu rendimento bruto e aí pagam suas contas e depois tentam investir o que foi deixado para trás o que geralmente é nada”. Alertam que leva tempo para as pessoas aprenderem a operar diferentemente, pois, “a maioria das pessoas foi treinada para pensar como trabalhadores medievais, trabalham muito, pagam uma grande quantidade de dinheiro para o lorde (o governo) e vivem com o resto”. A chave da questão: Primeiro você tem que ser uma pessoa rica. Planeje ser rico. Em essência, precisa-se de mudar o foco. Seguir o modelo de um “pai”, conselheiro, modelo que seja voltado para multiplicar rendimentos e não dividi-los. Este é o retrato do nosso pai pobre. Doa ao governo, ao empregador, a todos, enfim a maior parte do que consegue miseramente ganhar.
Robert T. Kiyosaki, Sharnon L. Lechter. Pai Rico, Pai Pobre. São Paulo: Campus, 2007.
TAGS: gestão da renda pessoal, investimento, independência financeira
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Ernani Xavier
PATERNIDADE CÚMPLICE
Robert T. Kiyosaki e Sharnon L. Lechter ao escreverem “Pai Rico, Pai Pobre”, não imaginavam o sucesso que o livro faria, no mundo todo. Para defini-lo seria suficiente dizer que se trata de um livro de aconselhamentos sobre a gestão do dinheiro, de como tomar determinados cuidados para com investimentos, proteger o capital e construir bases para investimentos inteligentes. Os pais ricos e os pobres dos autores possuem valores muito diferentes quanto á administração do dinheiro e os transmitem aos seus filhos. Os mais pobres estão ainda na era industrial, era do trabalho duro, era da dependência do capital de terceiros. Os mais ricos vivem nos padrões inspirados na era da informação. Ambos têm atitudes radicalmente diferentes diante do fator prosperidade. As recomendações dos autores cobrem com muita lucidez os temas, Independência Econômica e Alfabetização Financeira. No seu livro ambos os autores fazem o papel de pais ricos: compartilham percepções e insights sobre como na prática cotidiana uma atuação mais inteligente sobre o dinheiro pode repercutir na solução de muitos problemas comuns da vida de cada um. Sem uma revisão radical dos conceitos a tendência é seguirmos as fórmulas existentes: trabalhar com afinco, poupar, fazer empréstimos e pagar muitos e muitos impostos. Deve-se chegar ao ponto de se escolher o destino do dinheiro que se recebe. “A escolha é de cada um. A cada dia, a cada nota, decidimos ser rico, pobre ou classe média. Dividir este conhecimento com os filhos é a melhor maneira de prepará-los para o mundo que os aguarda”. Ninguém, para tal fim, substitui o pai. Os autores esclarecem que “É hora das pessoas se ocuparem com seus próprios negócios. Um emprego significa que você está sendo pago para se ocupar com o negócio dos outros”. Atualmente e para o futuro, estamos na era da informação. As regras são outras. A maioria das grandes empresas está dizendo: "Nós não vamos mais pagar sua aposentadoria. Você tem que pagar". Fala igualmente do sistema escolar, alertando que este ainda está na era industrial, o qual mostra que se quiserem segurança as pessoas têm de correr atrás de emprego, porém, adverte: “as pessoas têm que parar de trabalhar por dinheiro e começar a fazer o dinheiro trabalhar por elas”. Denunciam: “as empresas tradicionais são as verdadeiras pirâmides”. Sugerem o Marketing Multinível como o modelo alternativo mais conveniente. A recomendação é clara: “Deixe de ser empregado. Quando isto acontece, você começa a se beneficiar das taxas diferenciadas. Você deixa de viver com um pobre ou classe média e começa a viver como os prósperos vivem. Os empregados trabalham e tem as taxas deduzidas de seu rendimento bruto e aí pagam suas contas e depois tentam investir o que foi deixado para trás o que geralmente é nada”. Alertam que leva tempo para as pessoas aprenderem a operar diferentemente, pois, “a maioria das pessoas foi treinada para pensar como trabalhadores medievais, trabalham muito, pagam uma grande quantidade de dinheiro para o lorde (o governo) e vivem com o resto”. A chave da questão: Primeiro você tem que ser uma pessoa rica. Planeje ser rico. Em essência, precisa-se de mudar o foco. Seguir o modelo de um “pai”, conselheiro, modelo que seja voltado para multiplicar rendimentos e não dividi-los. Este é o retrato do nosso pai pobre. Doa ao governo, ao empregador, a todos, enfim a maior parte do que consegue miseramente ganhar.
Robert T. Kiyosaki, Sharnon L. Lechter. Pai Rico, Pai Pobre. São Paulo: Campus, 2007.
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DECIFRANDO O CÓDIGO DA VINCI
RESENHA
Ernani Xavier
UM CÓDIGO INDECIFRADO
Este livro, “Decifrando O Código Da Vinvi”, é um dentre os diversos que foram escritos em resposta ao famoso best-seller “O Código Da Vinci”, escrito pelo professor norte-americano Dan Brown. Ele considera a Igreja Católica o fruto de uma farsa. Na versão de Brown, Jesus Cristo seria um homem como qualquer. Casou. Teve filhos com Maria Madalena. A verdadeira liderança da cristandade teria inicialmente sido exercida por esta mulher. Neste texto do professor Brown, dois protagonistas seguem pistas que os conduzem a uma das “maiores conspirações da história”. Cristo seria, portanto, uma invenção romana. Todos os evangelhos seriam 84 evangelhos, mas foram publicados apenas quatro deles, aqueles que mais condiriam com os ideais dos inventores do catolicismo. Da Vinci seria um herdeiro da milícia dos templários, detentor de segredos chaves da organização católica e teria revelado alguns deles. Uma das pistas é o quadro que ele produziu, “A Santa Ceia” da qual a Virgem Maria teria participado e deveria estar na tela. Tudo o que o Código Da Vinvi revela gerou enorme polêmica nos meios literários. Um dos livros que reagiu ás revelações de Brown é o de Simon Cox, “Decifrando o Código Da Vinvi”. Neste livro o autor contesta nomes dos personagens, os locais citados na trama e analisa as obras do pintor Da Vinci citadas. Cox mostra que não seria possível a Igreja “esconder algo de nós durante dois milênios”. Ao denunciar o romance como “um embuste e um crime atroz contra as pessoas tementes a Deus". Simon Cox sustenta que "muitas pessoas sentem-se insatisfeitas com a forma como foram ensinadas a pensar e a acreditar, e um desejo de saírem da concha e de aprofundarem os mistérios da vida está a ganhar ímpeto, enquanto nos fixamos no século XXI". E conclui: "Este é o nervo à flor da pele sobre o qual saltou 'O Código da Vinci'". O livro do teólogo Simon Cox contesta, igualmente com documentos considerados válidos, as assertivas do professor Dan Brown. E a briga parece ir longe. A trama envolvente de mistério, um engenhoso apanhado de enigmas esotéricos e teorias conspiratórias sobre temas considerados relevantes como, a Ordem dos Templários e a natureza do Santo Graal ainda vão render muita literatura. Entretanto é bom que se tire o melhor proveito desta discussão: conhecer melhor a sua personagem central, Leonardo da Vinci. Leonardo da Vinci (1452-1519). Por certo não foi à toa que Brown resolveu mencionar, já no título de seu romance, o criador renascentista. Leonardo causou assombro em seu tempo e continua a fazê-lo hoje. Há mais de um milhão de páginas na internet dedicadas a esse personagem. A livraria virtual Amazon tem 9.900 livros sobre Da Vinci. Sua versatilidade era espantosa. Leonardo foi engenheiro, escritor, cientista, músico, arquiteto, escultor. Foi o melhor de seu tempo em quase todos esses campos. Foi o melhor de todos, por todos os tempos, na pintura. Há mais de 500 anos, em 1504, Leonardo podia ser encontrado diante de um cavalete dando vida ao quadro mais famoso da história, a Mona Lisa. Costuma-se dizer que ele foi um homem à frente de sua época. A se fiar em um ditado que atravessou eras, segundo o qual "o que é feito com tempo, o tempo respeita", pode-se afirmar que Leonardo da Vinci, pela eternidade de suas obras, foi também senhor do tempo. É a sensação que se tem quando se lembra que Da Vinci descobriu o princípio do automóvel, do submarino, do helicóptero, das eclusas, dos tanques de guerra, dos pára-quedas... Ele fez mais do que protótipos. Mostrou o princípio das coisas. Esta é uma dimensão importante da polêmica do Código.
Simon Cox. Decifrando o Código Da Vinci. Rio:Bertrand, 2005. 176 Páginas.
pALAVRAS-CHAVE: Catolicismo, Leonardo da Vinci, mistérios da humanidade
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Ernani Xavier
UM CÓDIGO INDECIFRADO
Este livro, “Decifrando O Código Da Vinvi”, é um dentre os diversos que foram escritos em resposta ao famoso best-seller “O Código Da Vinci”, escrito pelo professor norte-americano Dan Brown. Ele considera a Igreja Católica o fruto de uma farsa. Na versão de Brown, Jesus Cristo seria um homem como qualquer. Casou. Teve filhos com Maria Madalena. A verdadeira liderança da cristandade teria inicialmente sido exercida por esta mulher. Neste texto do professor Brown, dois protagonistas seguem pistas que os conduzem a uma das “maiores conspirações da história”. Cristo seria, portanto, uma invenção romana. Todos os evangelhos seriam 84 evangelhos, mas foram publicados apenas quatro deles, aqueles que mais condiriam com os ideais dos inventores do catolicismo. Da Vinci seria um herdeiro da milícia dos templários, detentor de segredos chaves da organização católica e teria revelado alguns deles. Uma das pistas é o quadro que ele produziu, “A Santa Ceia” da qual a Virgem Maria teria participado e deveria estar na tela. Tudo o que o Código Da Vinvi revela gerou enorme polêmica nos meios literários. Um dos livros que reagiu ás revelações de Brown é o de Simon Cox, “Decifrando o Código Da Vinvi”. Neste livro o autor contesta nomes dos personagens, os locais citados na trama e analisa as obras do pintor Da Vinci citadas. Cox mostra que não seria possível a Igreja “esconder algo de nós durante dois milênios”. Ao denunciar o romance como “um embuste e um crime atroz contra as pessoas tementes a Deus". Simon Cox sustenta que "muitas pessoas sentem-se insatisfeitas com a forma como foram ensinadas a pensar e a acreditar, e um desejo de saírem da concha e de aprofundarem os mistérios da vida está a ganhar ímpeto, enquanto nos fixamos no século XXI". E conclui: "Este é o nervo à flor da pele sobre o qual saltou 'O Código da Vinci'". O livro do teólogo Simon Cox contesta, igualmente com documentos considerados válidos, as assertivas do professor Dan Brown. E a briga parece ir longe. A trama envolvente de mistério, um engenhoso apanhado de enigmas esotéricos e teorias conspiratórias sobre temas considerados relevantes como, a Ordem dos Templários e a natureza do Santo Graal ainda vão render muita literatura. Entretanto é bom que se tire o melhor proveito desta discussão: conhecer melhor a sua personagem central, Leonardo da Vinci. Leonardo da Vinci (1452-1519). Por certo não foi à toa que Brown resolveu mencionar, já no título de seu romance, o criador renascentista. Leonardo causou assombro em seu tempo e continua a fazê-lo hoje. Há mais de um milhão de páginas na internet dedicadas a esse personagem. A livraria virtual Amazon tem 9.900 livros sobre Da Vinci. Sua versatilidade era espantosa. Leonardo foi engenheiro, escritor, cientista, músico, arquiteto, escultor. Foi o melhor de seu tempo em quase todos esses campos. Foi o melhor de todos, por todos os tempos, na pintura. Há mais de 500 anos, em 1504, Leonardo podia ser encontrado diante de um cavalete dando vida ao quadro mais famoso da história, a Mona Lisa. Costuma-se dizer que ele foi um homem à frente de sua época. A se fiar em um ditado que atravessou eras, segundo o qual "o que é feito com tempo, o tempo respeita", pode-se afirmar que Leonardo da Vinci, pela eternidade de suas obras, foi também senhor do tempo. É a sensação que se tem quando se lembra que Da Vinci descobriu o princípio do automóvel, do submarino, do helicóptero, das eclusas, dos tanques de guerra, dos pára-quedas... Ele fez mais do que protótipos. Mostrou o princípio das coisas. Esta é uma dimensão importante da polêmica do Código.
Simon Cox. Decifrando o Código Da Vinci. Rio:Bertrand, 2005. 176 Páginas.
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FELICIDADE AUTÊNTICA
RESENHA
Ernani Xavier
PESSOAS MAIS FELIZES SÃO MAIS QUERIDAS
Martin E. P. Seligman escreveu “Felicidade Autêntica” como um relato de pesquisa para mostrar que existe uma psicologia positiva, aquela que tem o poder de reverter os ataques á auto-estima e manter a pessoa com otimismo e bom humor. Para o autor, felicidade autêntica é isto. O texto de Seligman atinge o propósito mudar a maneira tradicional como as pessoas vêem a psicologia. Na realidade aquilo que tem sido chamado de Psicologia Positiva se caracteriza como um revolucionário movimento. Ele ajuda a entender a emoção coletiva, desenvolver força e vigor pessoal, níveis sustentáveis de alegria, gratificação e significados autênticos em nossas vidas. Na primeira parte do livro, o autor trata de emoções positivas momentâneas e se dedica a responder as questões: “Por que a evolução nos dotou de sentimentos positivos? Quais são as funções e conseqüências dessas emoções, além de nos fazer sentir bem? Quem tem emoções positivas em abundância e quem não tem? O que permite e o que impede essas emoções? Como integrar mais emoção positiva e estável à vida?” No conjunto das respostas o autor mostra o quanto a psicologia clássica deixou um pouco de lado o aspecto positivo da personalidade, a felicidade dão ser humano. Ele argumenta que, para cada cem textos publicados que abordam a tristeza, apenas um trata da questão da felicidade. Portanto, o propósito do seu livro foi corrigir tal defasagem incentivando que aqueles estudos da psicologia que acumulam saberes sobre sofrimento e doença mental sejam complementados por novos conhecimentos sobre emoções positivas, virtudes e forças pessoais. O autor assegura que, quando o bem-estar é fruto da integração das nossas forças e virtudes, a vida fica imbuída de autenticidade. O autor se concentra na identificação das forças pessoais típicas de cada personalidade e de que forma conhecê-las pode significar o caminho para o maior sucesso na vida e a mais profunda satisfação emocional. O trabalho de Seligman possibilita uma reflexão pessoal e científica altamente perspicaz sobre a natureza da felicidade.É a psicologia levando a sério a alegria, o prazer e a felicidade, dimensões esquecidas nos estudos clássicos. O autor torna-se um porta-voz do novo movimento de Psicologia Positiva, que enfoca a saúde mental, e não a doença mental. Identifica características e estratégias de pessoas com um perfil positivo, e explica como cultivar e experimentar, a maior parte do tempo, felicidade autêntica e outros estados emocionais desejáveis. Ensina como aplicar as melhores e mais recentes descobertas científicas da psicologia às mais antigas e básicas indagações humanas sobre si mesmo, sobre a sua vida, sobre as atitudes com relação a aspectos vitais da relação do homem com o seu desafiante mundo contemporâneo. Usa as ricas e surpreendentes descobertas de um campo ainda novo, chamado psicologia positiva, para melhorar a saúde mental, moral e espiritual de seus leitores. O autor é professor de Psicologia na Universidade da Pensilvânia e diretor da Positive Psycholog Network. Entre seus mais de vinte livros, destacam-se: O que você pode e o que não pode mudar, também lançado pela Editora Objetiva; The Optimistic Child e Learned Optimism. Mais de 90% de pessoas consideradas felizes ultrapassam os 80 anos, enquanto menos de 34% de pessoas infelizes chegam a esta idade, já que, as pessoas felizes têm em comum, hábitos de vida mais saudáveis, pressão arterial mais baixa e sistema imunológico mais ativo que as infelizes. Isto pode resultar em longevidade, afirma o autor. Mais, as pessoas felizes são as mais queridas pelos outros e tendem a ser mais tolerantes e criativas.
Martin E. P. Seligman. Felicidade Autêntica. Rio: Editora Objetiva, 336 páginas
Palavras-chave: felicidade, equilíbrio emocional, personalidade
http://planetalivros.blogspot.com/
http://www.Shvoong.com/writers/ernani_xavier
Ernani Xavier
PESSOAS MAIS FELIZES SÃO MAIS QUERIDAS
Martin E. P. Seligman escreveu “Felicidade Autêntica” como um relato de pesquisa para mostrar que existe uma psicologia positiva, aquela que tem o poder de reverter os ataques á auto-estima e manter a pessoa com otimismo e bom humor. Para o autor, felicidade autêntica é isto. O texto de Seligman atinge o propósito mudar a maneira tradicional como as pessoas vêem a psicologia. Na realidade aquilo que tem sido chamado de Psicologia Positiva se caracteriza como um revolucionário movimento. Ele ajuda a entender a emoção coletiva, desenvolver força e vigor pessoal, níveis sustentáveis de alegria, gratificação e significados autênticos em nossas vidas. Na primeira parte do livro, o autor trata de emoções positivas momentâneas e se dedica a responder as questões: “Por que a evolução nos dotou de sentimentos positivos? Quais são as funções e conseqüências dessas emoções, além de nos fazer sentir bem? Quem tem emoções positivas em abundância e quem não tem? O que permite e o que impede essas emoções? Como integrar mais emoção positiva e estável à vida?” No conjunto das respostas o autor mostra o quanto a psicologia clássica deixou um pouco de lado o aspecto positivo da personalidade, a felicidade dão ser humano. Ele argumenta que, para cada cem textos publicados que abordam a tristeza, apenas um trata da questão da felicidade. Portanto, o propósito do seu livro foi corrigir tal defasagem incentivando que aqueles estudos da psicologia que acumulam saberes sobre sofrimento e doença mental sejam complementados por novos conhecimentos sobre emoções positivas, virtudes e forças pessoais. O autor assegura que, quando o bem-estar é fruto da integração das nossas forças e virtudes, a vida fica imbuída de autenticidade. O autor se concentra na identificação das forças pessoais típicas de cada personalidade e de que forma conhecê-las pode significar o caminho para o maior sucesso na vida e a mais profunda satisfação emocional. O trabalho de Seligman possibilita uma reflexão pessoal e científica altamente perspicaz sobre a natureza da felicidade.É a psicologia levando a sério a alegria, o prazer e a felicidade, dimensões esquecidas nos estudos clássicos. O autor torna-se um porta-voz do novo movimento de Psicologia Positiva, que enfoca a saúde mental, e não a doença mental. Identifica características e estratégias de pessoas com um perfil positivo, e explica como cultivar e experimentar, a maior parte do tempo, felicidade autêntica e outros estados emocionais desejáveis. Ensina como aplicar as melhores e mais recentes descobertas científicas da psicologia às mais antigas e básicas indagações humanas sobre si mesmo, sobre a sua vida, sobre as atitudes com relação a aspectos vitais da relação do homem com o seu desafiante mundo contemporâneo. Usa as ricas e surpreendentes descobertas de um campo ainda novo, chamado psicologia positiva, para melhorar a saúde mental, moral e espiritual de seus leitores. O autor é professor de Psicologia na Universidade da Pensilvânia e diretor da Positive Psycholog Network. Entre seus mais de vinte livros, destacam-se: O que você pode e o que não pode mudar, também lançado pela Editora Objetiva; The Optimistic Child e Learned Optimism. Mais de 90% de pessoas consideradas felizes ultrapassam os 80 anos, enquanto menos de 34% de pessoas infelizes chegam a esta idade, já que, as pessoas felizes têm em comum, hábitos de vida mais saudáveis, pressão arterial mais baixa e sistema imunológico mais ativo que as infelizes. Isto pode resultar em longevidade, afirma o autor. Mais, as pessoas felizes são as mais queridas pelos outros e tendem a ser mais tolerantes e criativas.
Martin E. P. Seligman. Felicidade Autêntica. Rio: Editora Objetiva, 336 páginas
Palavras-chave: felicidade, equilíbrio emocional, personalidade
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