quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

JIMI HENDRIX : A DRAMÁTICA HISTÓRIA DE UMA LENDA DO ROCK

RESENHA
Ernani Xavier

SIC TRANSIS GLORIA MUNDI

A jornalista Sharon Lawrence, que se diz amiga de Jimi Hendrix conta a sua história na biografia “JIMI HENDRIX: A DRAMÁTICA HISTÓRIA DE UMA LENDA DO ROCK”. Focaliza a sua carreira, diferentemente de outras biografias que trouxeram dados corriqueiros da sua intimidade familiar. Segundo a autora, ela conheceu Jimi em 68, bem no início da sua meteórica carreira. Já em 70, Jimi já dava claros sinais que se tornaria um expoente da juventude do seu tempo. Colecionava então, discos de ouro, turnês, uma legião de fãs. Juntava-se ao clube dos “máximos” do segmento naquele momento: Os Beatles, os Rolling Stones e Eric Clapton. Não mais do que de repente, Jimi Hendrix morreu. Overdose ou suicídio puro ou assassinato? Cada opção teria um desdobramento na alma e no coração daqueles que o amavam de verdade, é claro. Fechava-se a cortina para um dos mais irreverentes seres humanos que a juventude já conheceu. A jornalista diz que era super íntima do músico e pinta o seu perfil como “um cara genial, mas sensível, carente e deprimido, pressionado por interesses alheios à arte”. Em sua curtíssima viagem pintou de tudo, quase no mesmo momento: ”agitação, processos na justiça, assédio de fãs, drogas, sonhos e desejos”. No inesperado e patético fim, a tragédia, com apenas 27 anos de idade, tempo suficiente para ter sido o foco de discórdias entre os seus pais, claramente doentes emocionalmente.Traços que marcaram a sua personalidade: introversão, humildade, mais tarde, acometido por um estado de profunda depressão. No texto, a jornalista refere-se á pintora Monika Dannemann, última pessoa a ver Jimi Hendrix, tendo passado a noite de 17 de setembro de 70, em um hotel em Londres. Esta teria ligado a um amigo comum, Eric Burdon do hotel, dizendo que Hendrix não estava bem. Burdon a teria aconselhado a chamar uma ambulância, o que não foi feito. Sem ter notícias, ele ligou para Monika: ela lhe teria dito que estava tudo bem e que, inclusive, saíra para comprar cigarros. Na manhã seguinte, os jornais estampavam a morte de Hendrix. Para a biógrafa, ele poderia ter sido atendido a tempo. E acusa a mulher de omissão de socorro. Revelações e novas descobertas são partes importantes do conteúdo da história dramática de um jovem que apenas nascera para o estrelato. O sucesso veio numa velocidade vertiginosa. Após desembarcar em Londres para o seu primeiro show, no final de 1966, Hendrix é bem recebido na atmosfera musical da Swinging London. Ao assistir à apresentação da banda Jimi Hendrix Experience, a famosa crítica de rock Penny Valentine escreveu: "Se fosse possível enxergar a eletricidade, ela se pareceria com Jimi Hendrix", relata a escritora. Sharon tem o merecimento de agrupar em sua biografia dados raros até hoje sobre a curta vida de um gênio.
SHARON LAWRENCE. JIMI HENDRIX. RIO: JZAHAR, 2007, 356 PPhttp://planetalivros.blogspot.com/
depressão, sucesso, sonhos desfeitos

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